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Sons desarmonizados e barulho levam à cacofonia
A poluição sonora, intensa, persistente e sem rejeição, tornou-se emblemática. Órgãos da fiscalização não conseguem vencer a proliferação do barulho indiscriminado face ao gigantismo do seu envolvimento e total aceitação. Aspectos legais e técnicos, questões de saúde não sensibilizam e remanescem apenas como argumento. O barulho permanente e intenso desequilibra o organismo humano e é fator de risco. A intensidade do som é medida por decibel e acima de 85dB qualquer barulho é prejudicial. O volume de um toca-MP3 chega até 120 decibéis, o mesmo som produzido por um avião a jato cujo limite de tolerância é de apenas quatro (4) minutos! Parâmetros para a avaliação do barulho se inicia com 10 dB da respiração, 20 dB do sussurro, 30dB na biblioteca, 50 dB da chuva, 60 dB ar-condicionado, 90 dB no metrô, entre 110 e 120 dB na danceteria. Imagine-se o uso por horas a fio de som injetado em alto volume diretamente nos ouvidos o estrago que ocasiona nas crianças e jovens. De fato e de acordo com estudo americano, um em cada cinco jovens, já apresenta problemas de surdez. Tenha-se como parâmetro o que acontece com a vida animal subaquática onde mamíferos marinhos estão ensurdecendo com os estrondos originados da exploração de gás e petróleo feita com a utilização de armas e equipamentos motorizados. Agredir a natureza com tal violência mexerá com as placas tectônicas que provocam os terremotos e vulcões alterando a crosta terrestre (litosfera). Com tais trasnformações o planeta estará condenado à destruição. Note-se que certas espécies ao utilizar somente a audição para compensar a visibilidade ruim e outros fatores ímpares do mar, se desorientam e acabam encalhando. Releve-se ainda que o som se propaga no meio aquático cinco (5) vezes mais rápido do que no ar com o agravante de não perder sua intensidade. O fato é real e afeta milhares de animais marinhos ocasionando perda temporária ou permanente da audição em mais de 250 mil criaturas marinhas por ano. As baleias, segundo descobertas recentes, conseguem mitigar os efeitos desse excesso sonoro sem que se saiba de que maneira. O fato está em estudo no Programa de Pesquisa de Mamíferos Marinhos da Universidade do Havaí liderado pelo biólogo Paul Nachtigall.
O pensamento cria, o desejo arai e a fé no trabalho realiza.
Com particular consideração e muita amizade,
Mário Jequibau Albanese
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