sexta-feira, 24 de outubro de 2014

AO MESTRE COM CARINHO

Isso não é mais aniversário e sim: ANIVER MÁRIO!  Publicitário e escritor Sílvio Natacci
Mensagem recebida de Vittório Zottino:
Mário Jequibau Albanese 83anos!!!  Salve 31.10.2014!
Seu aniversário tornou-se um dia muito especial para os seus amigos! Privar de sua amizade então foi e é um  privilégio que agradecemos ao destino, pois nos tornamos melhores e menos críticos diante da vida. Aprendemos a valorizar com tolerância cada segundo da nossa existência, a partir do exemplo que você nos oferece a todo instante. Este dia ficou e ficará, per sempre, in fondo al cuore! Saiba que há um período antes e depois do Maestro! E isso, tanto na história da AMLAC - Academia Metropolitna de Letras, Artes e Ciências, quanto na vida de nossa família. Ambas foram cingidas de novas cores matizadas de esperança e humanidade. Cores dos sons e da vida em nossas almas! A sensibilidade de sua música nos torna receptivos porque nos oferece felicidade e alegria de viver! Um baccio nel tuo cuore con amore!

Aos quase 83 anos o espectro da maturidade de Mário Jequibau Albanese brilha intrépida e
criativamente com a luz da sabedoria. Seu discurso é intenso e se desenvolve com naturalidade e, quando escrito, preserva-se como memória. Descobrir, entender e construir imagens que auxiliem a compreensão e o entendimento é um dom que torna possível eternizar sentimentos, ideias e vivências. É a palavra que traça e revela o conceito e a intenção da tela na pintura e do mármore na escultura. Ambas são  artes estáticas que conservam perenidade, beleza e estrutura, enquanto a música voa levando emoção na sua incessante onda vibratória.
Antônio Tadeu Tortoro - Spazio Cultural

O que é jequibau?
Avião ou estrela cadente?
Terra, pífano, galo, gaiola ou um parque sem gente? 
Água de beber, bicho de morder ou pio de pinto sem pena? 
Flor de açucena?
Um rochedo, floresta ou tronco de ipê?
Nome de gato, gata ou topada no meio da escuridão? 
Sol ou apelido oculto do cangaceiro lampião?
Não sei; não sabes, não? 
Pois, pois.
Nome de menino ou canção de ninar?
Talvez um anjo torto perdido no oco do céu.
Ou um quadro de Dalí.
Ou um vaso da China, um verso sem rima.
Talvez...
O que é jequibau?
Um romance inacabado ou um disco quebrado?
O apelido da lua cheia ou o coaxar de um sapo de olho no brejo.
Um vulcão ativo, quem sabe?
Um grito de guerra, um psiu acanhado.
Uma baleia presa num arpão.
Um operário escravo do patrão.
Ou um tigre findo num alçapão?
Um boi, um bode, um bonde, um bumbo.
Ou o boto de sinhá!
Não sabes?
Eu sei o nome de quem o inventou: Mário Albanese, um paulistano da safra 31.
Eu o conheci no século passado, há mais de duas décadas.
Não sei se na Pensão Jundiaí da Mariazinha. 
Virou amigo, desses que a gente ganha e não quer perder.
Mário estava ontem na pensão da Mariazinha, tocando teclado, tocando jequibau.
Jequibau é um estilo musical criado por Mário e Ciro Pereira.
Certa vez, num folheto, escreveu o poeta popular Téo Macedo, em sextilhas:

Jequibau é jequibau
Diferente marcação
Cinco tempos por inteiro
Contrariando a tradição
Um compasso brasileiro
Nova forma de expressão

Jequibau é jequibau
A palavra é singular
Não existe em dicionário
Não adianta procurar
E depois de tantos fatos
É hora de registrar...           ... ( Assim disse o Poeta Téo Macedo )

No ritmo jequibau gravaram Hermeto Pascoal, Jair Rodrigues, Altemar Dutra e Moacir Franco, entre centenas de outros artistas brasileiros. No campo internacional, destaque das gravações para Andy Willians, Charlie Byrd, Sadao Watanabe e Rita Reys. 
Mário Albanese, nunca é demais dizer: é uma glória nossa absolutamente necessária de se rever, de se redescobrir e aplaudir.
Flores em vida.
Assis Ãngelo


Na foto: Maestro Mário Albanese, Andréa Lago e o Poeta Assis Ângelo






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