quarta-feira, 11 de junho de 2014

Tabagismo, uma realidade contundente

Maestro Mário Albanese discursando na Câmara Municipal de São Paulo
Tabagismo
Mário Jequibau Albanese
A dimensão real do problema que o tabagismo acarreta tem direta implicação com o fato de ser um produto legalizado que ignora seu elevado poder viciante. As pesquisas reavaliam a resistência do vício ao tratamento bem como a importância da prevenção. Contudo, não há dúvida, interesses mercadológicos contaminam e deturpam a verdade em prejuízo da saúde pública. Nessas condições a educação assume papel vital quando discute o porquê das drogas. Nesse sentido, a mudança de velhos hábitos ajuda muito a liquidar com a rotina do vício. De modo análogo e, sem medicação, o fumante que deseja ou queira parar de fumar terá nos Grupos de Autoajuda  um valor inexcedível em termos de saúde pública. O tabagismo é uma doença crônica, progressiva, incurável e fatal, que pode e deve ser controlada a exemplo da hipertensão e diabetes. Catalogada na, Décima Classificação Internacional de Doenças, CID 10 F17.2, continua subestimada e tolerada pelo elevado interesse econômico do governo.

Aromatizantes para perfumar a fumaça, edulcorantes para adoçar, e mais chocolate, maçã, cravo, canela, baunilha, morango e sabe-se lá o que mais, fazem do cigarro uma mistura heterogênea e, com sabor!  O mentol, utilizado em perfumes e dentifrícios pelo seu efeito refrescante, é também adicionado na composição do cigarro! Calcula-se que 600 aditivos são utilizados na sua fabricação. Substâncias adventícias e de efeito imprevisto são agregadas para torná-lo agradável ao paladar... O tema remonta ao século passado e nos idos de 1982 quando os pesquisadores Dube e Green contabilizaram 4.720 elementos em 15 funções químicas existentes no fumo do tabaco. Por sua vez, a Revista Jama, de 09 de agosto de 2000, publicou estudo liderado pelo PhD Frank Baker com a cifra de 6.700 tóxicos! Essa sofisticada mistura invade os pulmões irritando a mucosa respiratória com repercussão sobre os alvéolos e brônquios. A  nicotina chega ao cérebro do fumante em menos de dez (10) segundos e, com a adição de amônia,  esse espaço diminuto de tempo se reduz ainda mais. O fumante gasta, em média, 10 minutos para fumar um cigarro, utilizando de 8 a 10 tragadas. Sua compulsão por fumar se repete, em média,  a cada meia hora!
O pensamento cria, o desejo atrai e a fé  no trabalho realiza! MA.

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